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São das doenças que mais assustam os pais e é natural – o coração é um órgão vital. Como em todas as doenças, há sinais que não representam, necessariamente, uma doença (cardiopatia) congénita. Há que distinguir sintomas preocupantes do “diz que disse”.
Todos os pais suspiram de alívio quando o cardiologista pediátrico comunica que está tudo bem com o coração do bebé. No entanto, calcula-se que, em cada mil nascimentos, seis a oito crianças tenham uma cardiopatia congénita. Existem sintomas, após o nascimento, que convém despistar, assim como desmitificar os sinais que não representam qualquer doença do coração (cardiopatia).
- espasmos de choro ou espasmos de soluço: descrito pelos pais como “o meu filho vai atrás do choro”, ocorrem em cerca de 5% das crianças com menos de 8 anos e resultam da falta de coordenação da respiração durante o choro
- queixas de cansaço: devem-se, sobretudo, a obesidade, asma brônquica e infeções respiratórias
- tonturas ou desmaios: são, normalmente, reflexos neurogénicos (sensação de tontura comum quando nos levantamos da cama demasiado depressa)
- dores no peito: são, geralmente de origem muscular, podendo ainda resultar de ansiedade ou da hiperatividade
- palpitações: normalmente relacionadas com emoções e esforços. Se se prolongarem no tempo, devem ser objeto de observação clínica
- cor marmoreada da pele: frequente em recém-nascidos e não corresponde a doença cardíaca
- sopros inocentes: os sopros cardíacos são provocados pelo ruído do sangue ao passar pelo coração e vasos sanguíneos. É frequente detetarem-se sopros inocentes que não correspondem a qualquer doença.
- aumento da frequência respiratória ou esforço em inspirar
- cansaço nos recém-nascidos e lactentes, sobretudo ao alimentarem-se
- coloração azulada da boca e língua (cianose).
- súbita dificuldade respiratória com aumento da frequência respiratória
- agravamento de um quadro de cianose, uma coloração azul-arroxeada da pele que deriva do sangue ser privado do oxigénio
- alteração do estado de consciência de agitação e irritabilidade, para a sonolência
- descansar de cócoras após os esforços
- perda de peso superior a 10% nos primeiros três a cinco dias ou aumento médio diário inferior a 20 gramas por dia nos dias e semanas seguintes
- mais de seis infeções respiratórias num ano.
Fontes utilizadas:
FPCardiologia.pt | Repositorio.CHPorto.pt | Pedipedia.org | Repositorio.HFF.min-saude.pt
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