Muitas pessoas acreditam que a diabetes mellitus é uma doença que não tem segredos, o que resulta em informações incorretas que se transformam em mitos. Esses mitos que pairam sobre a diabetes geralmente atrapalham o tratamento e até mesmo o diagnóstico. No “Diz Que Disse da Saúde” distinguimos as crenças e as verdades.
A diabetes adquirida está sempre relacionada com uma alimentação desadequada.
Falso. Não se pode considerar esta afirmação 100% verdadeira. É certo que uma dieta hipercalórica e o aumento de peso são fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes. Esta doença pode ter uma relação com o excesso de açúcar, mas será desencadeada por uma combinação de fatores, como a obesidade, o sedentarismo e a predisposição genética. Há ainda tipos de diabetes que resultam, por exemplo, de alterações na ação da insulina, doenças do pâncreas, entre outras.
Todos os diabéticos necessitam de tratamento com insulina.
Falso. Por norma, as pessoas com diabetes tipo 1 precisam de terapêutica com insulina. No caso da diabetes tipo 2, sobretudo numa fase inicial, é possível controlar a doença apenas com a prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável. Porém, muitos doentes acabam por necessitar de medicamentos para reduzir a glicemia, como antidiabéticos orais.
O diabético pode comer a quantidade de fruta que quiser.
Falso. Uma alimentação saudável e equilibrada faz parte do tratamento da diabetes e nela incluem-se as frutas, desde que ingeridas em quantidades adequadas. As frutas são alimentos ricos em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. E também em açúcar (a frutose). Por isso, é importante que o seu consumo seja equilibrado. Deve-se ter especial atenção a frutas com maior percentagem de açúcar, como bananas, uvas, figos, dióspiros, que podem ser consumidas mas em menores quantidades.
A diabetes não tem cura.
É uma doença crónica e ainda não tem a tão ansiada cura. No entanto, é possível controlá-la, sendo essencial adotar um estilo de vida saudável e cumprir rigorosamente a terapêutica indicada pelo médico. O tratamento permite o controlo dos níveis de açúcar no sangue (glicemia), resultando numa melhor qualidade de vida e evitando ou atrasando as complicações crónicas da diabetes (como pé diabético, doenças cardiovasculares ou doença renal diabética).
O stress pode descontrolar a diabetes.
A glicemia é a quantidade de glicose no sangue. Ao aumento excessivo da glicemia dá-se o nome de hiperglicemia. Há hiperglicemias ocasionais que podem ser provocadas por uma situação de stress. Em caso de stress, a pressão arterial aumenta, o coração bate mais rápido e sobem os níveis de açúcar no sangue. Quando um diabético está com a glicemia muito elevada, pode sentir sede intensa, sensação de boca seca, fome excessiva, cansaço, comichão no corpo, visão turva, entre outros sintomas.
A atividade física ajuda quem tem diabetes.
A atividade física é uma das formas eficazes de prevenir complicações da diabetes e de controlar os níveis de glicemia. O exercício é benéfico pois vai estimular a produção de insulina e facilitar o seu transporte para as células. Os exercícios mais benéficos devem ser de intensidade moderada e de longa duração (40 minutos a 1 hora). A pessoa com diabetes pode começar por fazer caminhadas diárias de 30 minutos e aumentar gradualmente o tempo e a intensidade. No caso de frequentar um ginásio, é importante informar os profissionais que tem diabetes.
Fontes utilizadas:
Healthline | Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal | Farmácias Portuguesas | Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal | Farmácias Portuguesas | Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal | Harvard Health Publishing | Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
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