Gravidez: 26ª semana | 6º mês | 2º trimestre
Mesmo que nunca tenha tido diabetes, a gravidez pode, por si só, trazer-lhe esta complicação. Explicando melhor: a diabetes gestacional é o aumento da glicemia diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, inclusivamente em mulheres que nunca tiveram os níveis de açúcar no sangue elevados.
As causas da diabetes gestacional estão relacionadas com as alterações hormonais decorrentes da gravidez. A partir das 12 semanas aumenta o açúcar a circular no sangue da mãe para proporcionar ao bebé a energia de que necessita, pois o feto ainda não é capaz de produzir o próprio açúcar.
As hormonas maternas também reduzem a sensibilidade das células e dos tecidos à insulina, o que leva a uma maior concentração de glicose no sangue da grávida durante mais tempo do que o normal após as refeições.
Em resumo, o seu próprio corpo fica mais suscetível à elevação dos níveis de açúcar no sangue só por estar grávida.
Apesar de poder acontecer de forma inesperada a qualquer grávida, estão identificados alguns fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes gestacional. Esta lista inclui idade materna superior a 35 anos, índice de massa corporal > 30kg/m2, antecedentes de diabetes gestacional, filhos anteriores com mais de 4 kg e antecedentes de quatro ou mais partos.
O diagnóstico da diabetes gestacional pode ser estabelecido em dois momentos específicos: até às 12 semanas, quando a glicémia em jejum é igual ou superior a 92 mg/dl e quando a Prova de Tolerância à Glucose Oral (PTGO), realizada entre as 24 e as 28 semanas, apresenta pelo menos um valor alterado. A PTGO consiste na determinação da glicémia após 8 a 12 horas de jejum, 1 e 2 horas após a ingestão de 75 gramas de glucose diluída em 300 ml de água.
Também muito importante, são as consequências da diabetes gestacional. As principais são as possíveis dificuldades no parto causadas pelo peso acima da média do bebé, pois é comum os bebés das grávidas com diabetes gestacional serem maiores e mais pesados.
A grávida com diabetes gestacional também tem um risco acrescido de parto prematuro devido ao excesso de líquido amniótico, e de desenvolver pré-eclâmpsia.
Já o recém-nascido tem maior risco de hipoglicemia neonatal, isto é, valores baixos de açúcar no sangue, e de icterícia, que é o aumento da concentração de bilirrubina na corrente sanguínea que dá a coloração amarelada à pele e aos olhos do bebé.
Não se esqueça também que a diabetes gestacional está associada a um aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2 depois da gravidez e também aumenta o risco de o bebé desenvolver diabetes tipo 2 na idade adulta.
Prevenir é sempre no melhor remédio: coma com frequência, evite alimentos muito doces e pratique exercício físico.
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