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Os pais não deixam de ser um casal

Atualizado a 23 janeiro 2021

Gravidez: 23ª semana | 6º mês | 2º trimestre

Na bolha de todos os acontecimentos e exigências da gravidez é natural que o casal perca um pouco o foco da relação, já que as atenções estão centradas no bebé que vai nascer.

A mulher pode sentir-se pesada, as alterações hormonais e emocionais podem interferir no desejo sexual e sentir-se menos atraente. Por seu lado, o parceiro pode estar com algum receio de magoar a parceira ou o bebé.

Os medos e tabus relativamente às relações sexuais durante a gravidez têm vindo a passar de geração em geração e, por isso, a abstinência sexual neste período é mais comum do que se possa imaginar. O principal motivo para tal comportamento, tanto por parte do homem quanto da mulher, deve-se ao receio de magoar o bebé em formação, invadir o seu espaço ou até provocar um aborto. Por outro lado, saibam que o orgasmo é totalmente inofensivo, uma vez que estas contrações uterinas não precipitam o trabalho de parto. O feto está bem protegido dentro do útero e da bolsa de água e não é afetado pelos movimentos próprios do ato sexual.

Apenas algumas situações médicas implicam alterar o padrão de atividade sexual do casal e inclusivamente impor a abstinência sexual: ameaça de aborto, placenta prévia ou baixamente inserida, ameaça de parto pré-termo e alguns dias após a realização de técnicas invasivas, como a amniocentese. Esta lista não é exaustiva, pelo que, na dúvida, pergunte sempre ao seu médico.

Não havendo qualquer problema, as relações sexuais nesta fase ajudam o casal a manter a proximidade física e afetiva. Não esqueçam que antes de serem pais já eram um casal.

A ideia é sempre que, tanto a mãe quanto o pai, se sintam confortáveis durante o ato sexual, sem constrangimentos, com muito diálogo e entendimento sobre o que dá prazer a cada um. Nesse sentido, a escolha das posições, que podem ser diferentes das anteriormente praticadas, pode ter um papel fundamental no conforto e no prazer de ambos. Importante a reter é que, ao contrário do que dizem os mitos bem antigos, as relações sexuais não vão magoar o bebé, nem o orgasmo vai afetar o seu desenvolvimento. Pelo contrário, um casal feliz, em sintonia e sexualmente satisfeito vai viver a gravidez de forma mais plena e harmoniosa.

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