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"Vamos ter que lidar com a avalanche de casos de cancro que se atrasaram"

Atualizado a 23 junho 2021

"Os casos não deixaram de existir"

A rubrica do projeto "Tenho Cancro. E depois?" - intitulada "Vamos Falar?" - convidou o oncologista Luís Costa para uma sessão de esclarecimento sobre a situação atual do país no que à oncologia diz respeito, uma área claramente afetada pelo aparecimento do novo coronavírus e pelo cenário pandémico que dura há mais de um ano. Basta olhar para os números para perceber como o acesso aos cuidados de saúde por parte dos doentes com cancro tem sido penalizado: Estima-se que, em 2020, cerca 100 mil diagnósticos tenham ficado por fazer, assim como 400 mil rastreios, de norte a sul do país. Além disso, os especialistas notam que os doentes lhes chegam em estadios mais avançados ( só no Hospital de Santa Maria, houve um aumento de 40% em cancros da mama avançados ), embora não tenham notado uma quebra acentuada na sua atividade profissional.

"Os casos não deixaram de existir. O que aconteceu foi que não houve diagnósticos. Vamos ter que lidar com a avalanche de casos que se atrasaram e continuar a dar resposta aos novos casos que surjam", explica Luís Costa.

Como recuperar? Como garantir o acesso? Luís Costa, diretor do serviço de oncologia de um dos maiores hospitais do país, respondeu a estas e outras questões durante uma sessão de esclarecimento moderada pela jornalista da Sic Notícias, Rita Neves.

Veja, abaixo, alguns dos principais pontos que Luís Costa considera prementes para fazer da recuperação uma realidade (clique aqui para assistir à conferência na íntegra).

- SNS e privados devem preparar produção adicional

Para lidar com a "avalanche" que os especialistas anteveem, Luís Costa sugere que se comece já a traçar um plano para dar resposta aos doentes, sendo que muitos deles estão e vão continuar a chegar em estadios mais avançados. "O SNS tem que se preparar para fazer produção adicional: tem que se preparar para fazer mais exames de imagem, mais biópsias, mais cirurgias e mais tratamentos". O oncologista avançou, inclusive, que no Hospital de Santa Maria já está a ser estudada uma forma de fazer mais exames radiológicos para que não se atrasem os diagnósticos;

- Recrutar mais profissionais e aumentar os incentivos

Luís Costa admite que muitos profissionais estão a migrar para o sistema de saúde privado. Para resolver esta questão, o especialista põe a tónica na contratação de mais profissionais de saúde e no incentivo aos seus currículos, por exemplo, para que estes se sintam motivados a servir o sistema público. "A maior riqueza que Portugal tem é a inteligência das pessoas. Pessoas novas e qualificadas precisam-se, mas só se conseguem com projetos inovadores”.

- Aumentar a conectividade entre hospitais, centros de saúde e restantes instituições

O objetivo de aumentar a conectividade entre estruturas é encurtar o tempo entre todos os processos que o doente com cancro tem que atravessar e que começa com o diagnóstico. Entre outras coisas, é preciso que haja mais investimento em "sistemas informáticos". "Melhorar a gestão da trajetória do doente oncológico deve ser uma prioridade", sublinha Luís Costa. Ter mais tempo para analisar caso a caso, doente a doente, é um dos objetivos dos oncologistas portugueses.

- Retomar o funcionamento dos cuidados de saúde primários

Os centros de saúde são a principal porta de entrada dos doentes nos hospitais. Não obstante, muitos dos recursos humanos alocados a estas instituições estão hoje focados no combate à pandemia e à administração da vacina contra a COVID-19. "A vacinação é extremamente importante para todos, profissionais e doentes, mas temos que arranjar forma de dar resposta a outras áreas", defende.

Para o diretor do serviço de oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte os ensinamentos que a pandemia proporcionou e o futuro Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) podem representar uma "oportunidade de ouro" para o país poder prestar melhores cuidados de saúde no futuro.

Por último, Luís Costa deixou um apelo a toda a população: “Se têm sintomas recorram aos vossos médicos assistentes. Participem nos programas de rastreio, nós cumprimos todos os cuidados de segurança. Vão às consultas programadas e, se houver atrasos, insistam por e-mail e expliquem a vossa situação".

Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.

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