Vacina é colocada perto do local do tumor
Um estudo do Harvard's Wyss Institute, publicado na revista Nature Communications, apresentou uma vacina contra o cancro da mama com eficácia de 100%.
"Chamada de vacina 'implantável', do tamanho de uma aspirina, é colocada perto do local do tumor e evita a quimioterapia no corpo todo. E uma vez aplicada, ela faz uma reprogramação do sistema imunológico para atacar as células cancerígenas, não só naquele local, mas no corpo inteiro", pode ler-se no artigo que promove a investigação e que está a ser divulgado nas redes. A veracidade da publicação já foi, inclusivamente, comprovada pelo Polígrafo.
De acordo com os investigadores, a técnica combina quimioterapia e imunoterapia para tratar tumores agressivos, como é o caso do cancro da mama triplo-negativo. Segundo os especialistas, a quimioterapia produz um grande número de fragmentos de células cancerosas mortas que o sistema imunológico pode usar para produzir uma resposta específica e, para além disso, foi adicionado ADN sintético às vacinas, o que impede que as células cancerígenas escapem ao tratamento.
Eficácia comprovada apenas em ratos de laboratório
Apesar da esperança que a nova terapêutica pode vir a trazer ao tratamento do cancro da mama triplo-negativo, ao que parece esta ainda não foi testada em humanos, só em animais, o que significa que os resultados obtidos são apenas de caráter pré-clínico.
De recordar que, epidemiologicamente, o cancro da mama triplo-negativo é o subtipo mais agressivo, representando 15% a 20% de todos os tumores malignos da mama. Este subtipo de cancro da mama não responde a terapias mais específicas, sendo a única opção a quimioterapia clássica, com resultados muito limitados.
Em Portugal, está também a decorrer um projeto de investigação que visa melhorar a forma de tratar esta patologia:
Segundo o Jornal Médico, o Instituto das Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho está a desenvolver um projeto de investigação que visa encontrar um tratamento para o cancro da mama triplo negativo. Esta opção terapêutica é constituída por cromenos sintéticos, uma família de compostos abundantes na natureza, que têm mostrado eficácia no combate à doença. Marta Costa, investigadora responsável pelo projeto, especialista em Química Medicinal, afirma que este tratamento é “uma esperança” para quem tem cancro da mama triplo negativo, uma vez que, até à data, “não existe uma terapêutica específica, nem eficaz”.
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