Na prevenção e no diagnóstico do cancro da mama
Duas datas principais concentram as atividades para alertar para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce: 15 de outubro, em que se comemora o Dia Mundial da Saúde da Mama e 30 de outubro, Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama.
Em Portugal, onde surgem anualmente cerca de seis mil novos casos deste tipo de tumor, a Liga Portuguesa Contra o Cancro promove o movimento "Onda Rosa", campanha que se realiza pelo 5.º ano consecutivo.
O objetivo é promover sinergias para aumentar o impacto deste movimento criado nos Estados Unidos da América, na década de 1990.
Participar é fácil. Individualmente ou em grupo podem-se organizar vários tipos de atividades, tendo em vista aumentar a consciencialização e partilhar informações sobre a doença. As inscrições estão abertas.
Quando o cancro afeta as mais jovens
O risco de ter cancro da mama aumenta com a idade (após os 50 anos) mas também há casos registados em mulheres jovens que não estão cobertas pelos programas de rastreio.
Um estudo publicado na revista científica “Oncotarget” e divulgado recentemente conclui que a hereditariedade não é a principal explicação para o surgimento do cancro da mama em mulheres jovens. Cerca de 80% dos casos tem origem em mutações nas células da mama não herdadas pelos progenitores, refere o estudo desenvolvido no Centro de Investigação Translacional em Oncologia (LIM 24), do Instituto do Cancro do Estado de São Paulo (Icesp).
Os investigadores analisaram os casos de 79 mulheres doentes com menos de 36 anos. Apenas 13 (16,4%) apresentavam mutações nos genes BRCA1 e 2, alterações que têm como base a hereditariedade.
Segundo Maria Folgueira, uma das autoras do artigo,“mais de 40% dos casos estudados apresentaram mutação em genes sem origem hereditária que codificam proteínas de reparo de ADN. Sendo assim, o surgimento do tumor adveio de um problema em algum sistema de reparo do ADN, que se originou na própria célula da mama e não foi herdado.”
A investigação prossegue podendo vir a juntar-se aos muitos progressos que se têm verificado no campo do diagnóstico e do tratamento desta doença. Em Portugal, cerca de 85% das mulheres que recebem um diagnóstico de cancro da mama, em estadio precoce, sobrevive à doença.
Tenho Cancro. E depois? é um projeto editorial da SIC Notícias com o apoio da Médis.
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