maior análise genómica à doença
Uma investigação realizada pelo St. Jude Children’s Research Hospital, nos Estados Unidos, pode revelar-se numa nova esperança para o tratamento da leucemia eritroide aguda (AEL).
Segundo a revista Nature Genetics, este estudo - a maior análise genómica à doença - revelou que 45% dos pacientes apresentavam mutações que contribuíam para o crescimento celular descontrolado. Indicou também que este tipo de leucemia pode ser vulnerável a medicamentos de precisão já existentes.
"Estes resultados marcam uma nova era na compreensão e tratamento da leucemia eritroide aguda, uma leucemia agressiva que tem sido alvo de controvérsia relativamente aos tratamentos e seus maus resultados", afirmam os investigadores.
A leucemia eritroide aguda é um subtipo raro de leucemia mieloide aguda que, muitas vezes, não responde à terapia convencional. A sua classificação no espetro da leucemia mieloide tem sido um desafio ao longo do tempo, com sucessivas mudanças dos critérios de diagnóstico, mantendo-se incerta a base genómica da leucemia eritroide aguda. Recentemente, em 2016, alguns casos foram reclassificados como leucemia mieloide aguda ou síndrome mielodisplásica. São todos cancros mieloides, ou cancros de células da medula óssea, requerendo, no entanto, tratamentos diferentes.
A investigação levou a novos conhecimentos sobre a evolução da doença e o seu diferente impacto em crianças e adultos, bem como à identificação de novos alvos de tratamento.
A Leucemia Mieloide Aguda trata-se da mais comum das leucemias, sendo responsável por cerca de 25% dos casos e o prognóstico de sobrevivência pode ser baixo. Existe até o dia da Consciençalização para a Leucemia Mieloide Aguda, assinalado no passado dia 21 de abril, fundamental para que doentes, cuidadores e especialistas partilhem o seu conhecimento e possam, assim, sensibilizar a sociedade para a doença.
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