A dor associada ao período menstrual é designada por dismenorreia. Mais de metade das mulheres que menstruam regularmente referem dores durante 1 a 2 dias por mês. Geralmente a dor é moderada. Por vezes, a dor é tão intensa que se torna incapacitante.
A que sintomas devemos estar atentos?
A dismenorreia começa geralmente 1 a 2 dias antes do início da hemorragia ou é simultânea com o período menstrual. A dor pélvica é habitualmente de tipo cólica, pode irradiar para os membros inferiores ou para a região lombar e mantém-se entre 12 e 72 horas após o seu início. Podem surgir outros sintomas, nomeadamente náuseas, vómitos, diarreias e cefaleias.
Como se trata a dismenorreia?
A toma de ibuprofeno por via oral, logo que surgem as queixas dolorosas ou que tem início a hemorragia menstrual, é habitualmente muito eficaz para controlo da dor. De modo geral, os anti-inflamatórios não esteroides (AINE), categoria a que pertence o ibuprofeno, permitem o alívio da dismenorreia. No caso de contraindicação médica à toma de AINE, o paracetamol é também uma alternativa válida.
Outra opção terapêutica para o tratamento da dismenorreia consiste na pílula contracetiva.
Ginecologia-Obstetrícia
A ginecologia-obstetrícia é uma especialidade médico-cirúrgica que engloba duas importantes áreas da saúde da mulher. A ginecologia está centrada na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças benignas e malignas do aparelho reprodutor feminino. Já a obstetrícia garante o acompanhamento da mulher durante a gravidez, tendo como objetivo um parto bem-sucedido.
Quais as causas e como se previne?
A dismenorreia pode ser classificada em primária ou secundária.
A dismenorreia primária é a terminologia adequada às dores menstruais comuns, recorrentes todos os meses e que não estão associadas a nenhuma patologia ginecológica. A dor resulta das contrações uterinas que ocorrem durante a menstruação.
A dismenorreia secundária consiste em períodos menstruais dolorosos, devido a patologia ginecológica pré-existente. Geralmente, as dores duram mais tempo e não são acompanhadas de outros sintomas como náuseas, vómitos ou alterações do trânsito gastrointestinal. A condição clínica mais frequentemente associada à dismenorreia secundária é a endometriose.
A prevenção da dismenorreia passa por hábitos de vida saudáveis. O exercício físico regular bem como dietas ricas em magnésio e vitamina B1 parecem estar associados a menos queixas dolorosas.
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Especialidade
Ginecologia-Obstetrícia
Assistente Hospitalar Graduada de Ginecologia-Obstetrícia no Hospital da Luz
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